Certo dia, um deles aproximou-se do mentor no jardim do mosteiro e perguntou-lhe:
– Mestre, por que o senhor não conta o significado de suas parábolas? Eu não entendo o que elas querem dizer.
– Oh, perdoe-me por isso – respondeu o mestre, que esticou a mão em direção aos ramos de um pessegueiro e colheu um fruto lindo e perfumado.
– Por favor, aceite este pêssego como minhas desculpas.
– Obrigado – disse o discípulo.
– Permita-me descascar o pêssego para você? – perguntou o mestre.
-É muita gentileza sua, mestre – consentiu o discípulo.
– Já que vou descascar o pêssego, você gostaria também que eu o cortasse em pedaços para que os saboreie?
– Eu adoraria, mestre, mas não quero abusar de sua generosidade.
– Não há abuso em aceitar o que lhe ofereço. Não vejo problema nenhum em ajudá-lo. Permite também que eu mastigue os pedaços para você?
– Não, mestre! Não gostaria que fizesse isso – respondeu, surpreso, o discípulo.
Ambos ficaram calados por um instante. O mestre, então, disse ao aluno:
– Explicar o sentido das parábolas seria o mesmo que lhe oferecer uma fruta mastigada. Não há como aproveitar todo o sabor de uma fruta a não ser por suas próprias mãos. (Qual é o seu lugar no mundo? – Leila Navarro)”
Da mesma forma, alguém pode nos indicar o trajeto que devemos seguir EM NOSSAS VIDAS, mas somos nós que o percorremos com nossas escolhas, nossa consciência e nossas atitudes.
Assim, siga em frente e saboreie o seu pêssego.
bjos,
Lu Sousa
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